sábado, 29 de outubro de 2011

Brasil e Uruguai organizam integração na fronteira

Países estão desenvolvendo parâmetros de contratação de serviços de saúde nos dois lados da fronteira. Ação beneficia 300 mil pessoas
O Brasil e o Uruguai iniciaram a organização da assistência à saúde da população de fronteira. A ação é um desdobramento do acordo internacional firmado em dezembro de 2009, que permitiu o ressarcimento recíproco das despesas dessa população, quando atendida em um dos dois países. A Comissão Binacional Assessora de Saúde na Fronteira Brasil-Uruguai implementará um ajuste para que municípios brasileiros e uruguaios realizem compra e venda de serviços de saúde. Mais de 300 mil habitantes de municípios de fronteira dos dois países serão beneficiados.
Uma das ações será para disciplinar a contratação de profissionais de saúde uruguaios pelos municípios brasileiros. O técnico da Assessoria de Assuntos Internacionais do Ministério da Saúde, Kleber Lacerda, destaca que foi lançado neste ano o Programa de Valorização dos Profissionais de Saúde de Atenção Básica (portaria interministerial 2.087/2011), que concede benefícios aos profissionais de saúde que aturem em áreas mais distantes das regiões metropolitanas. “O programa foi apresentado na reunião da Comissão Binacional como uma solução para a carência de profissionais de saúde brasileiros na região”, considera.
Reciprocidade - Lacerda salienta a importância da adesão dos municípios fronteiriços ao programa, para atrair profissionais de saúde para regiões carentes de recursos humanos. “O ajuste complementar permite que as cidades beneficiárias possam realizar políticas públicas coletivas com os municípios vizinhos uruguaios e, assim, garantir o acesso recíproco de brasileiros e uruguaios a serviços de saúde nos dois lados da fronteira, sem violar as normas de exercício profissional”, explica.
Essas políticas públicas, quando implementadas, evitarão deslocamentos de pacientes entre os municípios, pois os brasileiros poderão ser acolhidos pelo sistema de saúde uruguaio e o mesmo aos pacientes uruguaios, no Brasil.
Os municípios brasileiros e uruguaios listados no ajuste complementar deverão realizar, individualmente, um levantamento técnico da disponibilidade de serviços para venda, bem como da necessidade de compras de serviços de saúde, para melhor identificar seus recursos e carências. Um total de 300 mil pessoas, dos quais 178 mil são brasileiros, deverá ser beneficiado com essa integração. Do lado brasileiro, estão envolvidas as populações de Aceguá, Barra do Quaraí, Chuí, Jaguarão, Quaraí, Santana do Livramento e Santa Vitória do Palmar.


Fonte: http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/noticia/2851/162/brasil-e-uruguai-organizam-integracao-na-fronteira.html

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Vacina contra dengue será testada em 20,8 mil pessoas em Campo Grande

O teste de eficácia da vacina contra a dengue em desenvolvimento pela multinacional Sanofi-Aventis será feito com 20.875 pessoas em Campo Grande e terá investimento de R$ 2,8 milhões. A previsão já divulgada pelos responsáveis é que os testes começassem este mês.
É o que prevê convênio firmado entra a empresa, a Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de MS) e a UFMS (Universidade Federal de MS), que farão parte do estudo. O extrato do termo firmado, publicado hoje no Diário Oficial, prevê duração até dezembro de 2016.
O texto informa que, na fase III do estudo da eficácia da vacina, os indivíduos que farão o teste vão receber três doses, a partir da detecção da doença. Haverá, também
A segunda dose será 6 meses após a primeira e a terceira dose meses após. O acompanhamento da eficácia será de 13 meses após a dose 3e nos casos de hospitalização, será de 36 meses.
Os recursos vão vir da multicional e a UFMS e a Fundect dão contrapartida não financeira, informa o extrato do convênio.
O convênio foi firmado no dia 6 de setembro, com validade até 31 de dezembro de 2016.
Mato Grosso do Sul foi um dos cinco estados escolhidos pela Sanofi-Aventis para o estudo da vacina da empresa, que é considerado um dos mais avançados entre as multicionais que fazem pesquisas nas áreas.
Também serão realizados testes nas universidades federais de Goiás, Ceará, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul, cujas capitais sofrem constantemente com surtos da doença.
Em Campo Grande, este ano o número de casos foi relativamente baixo, 4,6 mil até o último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde. Três mortes atribuídas à doença foram confirmadas.
Fonte: mercosulnews